13 February 2019

Segurança Pública

É do conhecimento generalizado que Portugal tem um Estado majestático, macrocéfalo, pesado e lento. Todos os portugueses sabem e parece que aceitam a situação. Há ativistas políticos que defendem, que o estado ainda tem de se tornar mais pesado, et pour cause, mais lento. Esses ativistas expôem-se nos partidos das extremas ou dissimulam-se nos partidos moderados, nas universidades, e na comunicação social.
Aproveitam-se das funções para divulgar a ideologia, dissimuladamente sob a forma de artigos noticiosos. No semanário Expresso, que está cheio de infiltrados esquerdopatas, como dizem os brasileiros , um jornalista (?) de nome Luis Pedro Cabral escreve um artigo ridiculammente denominado "Chamem a polícia".

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Os factos
Nesse artigo é divulgado que Portugal é o quinto país mais policiado da Europa Comunitária,  contando PJ, GNR, PSP, Polícia Marítima e SEF, com 452 polícias por 100.000 habitante. E ainda faltam os polícias municipais. O articulista reconhece que "mesmo em países fortemente flagelados por ações terroristas" o número de polícias é muito menor. E os países com índice mais baixo do número de polícias são a Suécia, com 190, Dinamarca, com 180 e a Finlândia, com 155 e Hungria com 90. Números incrivelmente mais baixos que Portugal dizemos nós.
A Finlândia tem pouco mais de um terço dos polícias portugueses e a Hungria apenas um quinto.
Serão estes países mais inseguros do que Portugal, pelo facto de terem menos polícias? Não. É certo que Portugal surge como o 4.º país mais seguro do mundo, entre 163 países listados.  A Dinamarca em 5.º, a Suécia em 14.º, a Finlândia em 15.º e a Hungria em 17.º estão atrás de Portugal, por alguns pontos centesimais.
Os crimes violentos graves atingiram, em Portugal os valores mais baixos da última década, diminuindo 37 % entre 2008 e 2017.
As consequências de ter muitos polícias
Portugal está à frente de países, com menor número de polícias, no índice global de segurança, não porque tenha menos crimes do que eles, mas porque tem mais polícias. O "police rate" é um indicador tomado em consideração para a elaboração do ranking.
Ou seja a extraordinária abundância de polícias em Portugal melhora a posição no ranking mas não faz diminuir o número de crimes comparativamente com esses países. Pela comparação com outros países bastaria menos de metade dos polícias existente em Portugal para manter o mesmo nível de segurança.
O jornalista oculta esta análise, porque não é esse o seu interesse ideológico.
A doutrinação ideológica
O "jornalista" usou estes factos, para expor a sua visão esquerdista.
Repare então nos preconceitos ideológicos do "jornalista"
supremacismo: "os polícias portugueses têm mais qualidade e dedicação ao trabalho policial que os polícias estrangeiros";
sindicalismo: "o trabalho dos polícias é de alto risco e baixa remuneração";
igualdade do género: "há poucas mulheres na polícia";
manipulação: "os jogadores do Sporting não acham que Portugal seja um país seguro; houve um jovem esfaqueado à porta dum estabelecimento de diversão noturna; um empresário da Vila da Feira foi assaltado em sua casa com uma arma apontada à cabeça; a Dona Júlia, vizinha da porta do lado do jornalista abriu a porta a um indivíduo bem parecido que a roubou; há zonas nas cidades em que a polícia não arrisca entrar".
populismo: "às vitimas só lhes interessa não ser vítimas ... aí está o Correio da Manhã para o provar";
totalitarismo : "as estatísticas são de pouco consolo quando não estão a zero";
comunismo: "nenhuma sociedade atingiu os valores da utopia".

P.S. O país com menos polícias da Europa é, surpreendentemente, a Hungria do "fascista" Vicktor Órban, com 90 polícias por 100.000 habitantes ou seja um quinto do número de polícias portugueses. O jornalista referiu este facto mas não emitiu uma única palavra sobre o assunto.

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