20 February 2019

Não comento, diz Marcelo

Numa busca rápida às notícias desde o início do ano, verifica-se que, o presidente da república portuguesa, não comentou os seguintes assuntos.
- A legalidade da greve dos enfermeiros, "só comento depois da decisão da procuradoria geral da república"; (19/2)
- A moção de censura ao governo, "não comento essas atuações parlamentares, são do foro da assembleia da república"; (19/2)
- O pedido de exoneração do governador do banco de Portugal, "não é poder do presidente da república comentar posições de dirigentes políticos, de parlamentares, de governantes"; (21/2)
- A re-nacionalização dos CTT, "não me quero pronunciar" (21/2);
- A acusação da associação dos polícias "a presidência da república não se pronuncia" (5/2)
- A crise do comunismo na Venezuela "não comento atitudes de outros chefes de estado ou de outros estados" (31/2);
- "Não me pronuncio sobre a situação interna de nenhum partido" (10/1)
- "Não abro excepções para comentar aquilo que é próprio da vida partidária, da vida sindical, ou da vida patronal" (10/01)
Estranho? Não. 
Este post realça os não factos (?) de os jornalistas pedirem comentários ao presidente da república, de ele responder "não comento" e de esses mesmos jornalistas publicarem a notícia de que o presidente da república não comentou a pergunta que lhe fizeram.
Esquisito? Sim.
Está alguém disposto a pagar por este jornalismo? Não.
Enquanto isso os jornais clamam por uma sobretaxa, a incluir na fatura da eletricidade, para garantir a sua sobrevivência. 

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