1 October 2019

Os comediantes do ambiente

Escreveu Diderot, em Paradoxo sobre o Comediante, que "Os comediantes impressionam o público, não quando estão furiosos, mas quando interpretam bem o furor. Nos tribunais, nas assembleias, em todos os lugares onde se quer ficar senhor dos espíritos, finge-se ora a cólera, ora o temor, ora a piedade, a fim de levar os outros a esses sentimentos diversos. Aquilo que a própria paixão não conseguiu fazer, a paixão bem imitada o executa."
É isto que me ocorre quando vejo o vídeo da Greta, a discursar na ONU. Em poucos meses, a estudante do ensino secundário alcançou o estrelato planetário com o galardão de comediante ambiental do momento.

2 April 2019

Recenseamento racial e quotas para minorias

“É preciso assumir a recolha de dados étnicos para poder avançar com medidas de ação afirmativa, como a imposição de políticas de quotas de acesso às universidades e cargos na Função Pública" - afirmou Beatriz Costa da Associação de Afrodescendentes sobre a possibilidade de incluir no próximo censo populacional perguntas sobre a origem étnica.
No artigo escrito pela jornalista Christianna Martins esta afirma que “a violência policial será maior em relação aos negros, “mas a falta de dados concretos dificulta a adoção de políticas contra o racismo.” 
A ativista, disfarçada de jornalista do semanário Expresso, defende a gravação da raça, no cartão do cidadão, para estudar o alegado racismo dos orgãos policiais(!!!)
Duas ou três coisas sobre este artigo.
A Associação dos afrodescentes representa quantas raças? 
Implantar um sistema de quotas, chamada de medida de descriminação positiva, para indivíduos das "minorias oprimidas", não significa uma medida de descriminação negativa para indivíduos da maioria, que têm mais mérito do que os quotistas?
Defender a ultrapassagem de quotistas, fora da ordem geral do mérito, é justo para quem? O privilégio dado a alguns não causa injustiça para outros?
Uma última nota pedagógica.
A ideologia de defesa das "minorias oprimidas" é uma invenção da fusão espúria de filósofos pós-modernistas com a teoria marxista. A cartilha do politicamente correto, que esconde o ressentimento e a sede de vingança por detrás das palavra de justiça e igualdade.

Aconteça o que acontecer, você merece

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Um mundo dividido em dois lados: um farto e outro escasso. Entre eles um processo de seleção. Aos vinte anos de idade uma única chance. Os escolhidos nunca retornam. Eles são 3%.
No ano 104 do Processo, abre a seleção.
O anúncio nos altifalantes da favela, dá 45 minutos para os candidatos de apresentarem. Enchem as ruas e iniciam um caminhada silenciosa e ordeira pela encosta da antiga pedreira. No alto uma construção futurista.
À entrada, os candidatos lavam-se e vestem novas roupas. A cada um é atribuído um número.
Ezequiel, com a força de deus, inicia o discurso de boas vindas:
— 3% entram para o Maralto, ou como vocês dizem, para o "Lado de Lá", onde ninguém é injustiçado. Todos têm a sua chance. Cada um tem o que merece. Só os melhores têm direito a isso.
Os candidatos ouvem em silêncio, absorvendo cada palavra, como se as ouvissem pela primeira vez.
O chefe do recrutamento faz uma advertência.
— Vocês sabem que o ressentimento tem feito surgir grupos, que em nome da falsa e hipócrita ideia de igualdade e com base em ideias populistas buscam destruir tudo o que conquistamos.
E termina com um apelo ao empenho pessoal.
—Lembrem-se cada um é o criador do seu próprio mérito. Aconteça o que acontecer, você merece. Agradeçam a chance de uma vida melhor.
(Cenas iniciais da série brasileira 3%, em exibição no Neteflix)

7 March 2019

Alternância em Portugal - A falha da democracia

Afastado três vezes pela vontade popular, António Costa, tal como muitos outros políticos, sempre regressa. Fez da política o seu projeto de vida, integrou-se no sistema rotacional de poder, que ajudou a construir e onde vive como peixe na água.


Na história ocidental a liberdade foi construída pela conquista do reconhecimento constitucional dos direitos políticos individuais, que contemplam, nomeadamente, escolha e a remoção dos governantes. 
Idealizava-se, então, um poder exercido de acordo com a vontade popular e e com o respeito pela liberdade individual dos cidadãos. 
No entanto, as democracias representativas, moldadas por profissionais interessados, regulamentaram a escolha dos políticos, ocultaram a sua eleição em listas coletivas e permitiram um número ilimitado de mandatos. 
Também não está impedido o regresso dos políticos rejeitados. E eles voltam, sempre. Eleitos, nomeados, comissionados ou comissionistas, eles vivem "disto". 
Costa foi derrotado nas eleições à câmara de Loures assim como foram derrotados dois governos de que fez parte.
António Costa e co-responsável pela falta crónica de desenvolvimento económico de Portugal e pela sua falência e pelo endividamento excessivo.
É ainda co-responsável pelo extermínio de 300.000 lisboetas, ocorrida entre 1980 e 2015.
Deveria ser instituída uma regra em que políticos removidos uma vez por vontade popular seriam banidos dos cargos públicos, evitando-se este espéctaculo permanente de incompetência, nepotismo e amiguismo.



28 February 2019

A proibição de falar em Portugal - Ainda o caso Marine Le Pen


Marine Le Pen, foi candidata à presidência da república francesa, em 2017. Disputou o segundo turno com o atual presidente da república, e obteve 33,9% da votação, com 10 milhões e seiscentos mil votantes. Foi convidada e desconvidada para conferenciar no Web Summit, de Lisboa.
O ativismo de estrema esquerda, anti capitalista e ideologicamente totalitário, manifestou-se contra a hipótese da Senhora Le Pen discursar em Portugal.
Os comunistas portugueses, representados pelo Partido Comunista e Bloco de Esquerda, exigiram,  ao governo, que cancelasse o discurso da lider política francesa.

22 February 2019

O Vaticano de Almirante Reis

O poder autocrata do Banco de Portugal começa a abrir fendas com as informações divulgadas sobre os imensos escândalos escondidos nº 55, da Avenida Almirante Reis, em Lisboa.
Discussões internas, demissões e desunião entre os titulares de cargos de primeira linha, fazem estremecer as suas, aparentemente inabaláveis, estruturas.
O Banco de Portugal é uma autarquia autónoma e praticamente independente.

20 February 2019

Não comento, diz Marcelo

Numa busca rápida às notícias desde o início do ano, verifica-se que, o presidente da república portuguesa, não comentou os seguintes assuntos.
- A legalidade da greve dos enfermeiros, "só comento depois da decisão da procuradoria geral da república"; (19/2)
- A moção de censura ao governo, "não comento essas atuações parlamentares, são do foro da assembleia da república"; (19/2)
- O pedido de exoneração do governador do banco de Portugal, "não é poder do presidente da república comentar posições de dirigentes políticos, de parlamentares, de governantes"; (21/2)
- A re-nacionalização dos CTT, "não me quero pronunciar" (21/2);
- A acusação da associação dos polícias "a presidência da república não se pronuncia" (5/2)
- A crise do comunismo na Venezuela "não comento atitudes de outros chefes de estado ou de outros estados" (31/2);
- "Não me pronuncio sobre a situação interna de nenhum partido" (10/1)
- "Não abro excepções para comentar aquilo que é próprio da vida partidária, da vida sindical, ou da vida patronal" (10/01)
Estranho? Não. 
Este post realça os não factos (?) de os jornalistas pedirem comentários ao presidente da república, de ele responder "não comento" e de esses mesmos jornalistas publicarem a notícia de que o presidente da república não comentou a pergunta que lhe fizeram.
Esquisito? Sim.
Está alguém disposto a pagar por este jornalismo? Não.
Enquanto isso os jornais clamam por uma sobretaxa, a incluir na fatura da eletricidade, para garantir a sua sobrevivência. 

13 February 2019

Segurança Pública

É do conhecimento generalizado que Portugal tem um Estado majestático, macrocéfalo, pesado e lento. Todos os portugueses sabem e parece que aceitam a situação. Há ativistas políticos que defendem, que o estado ainda tem de se tornar mais pesado, et pour cause, mais lento. Esses ativistas expôem-se nos partidos das extremas ou dissimulam-se nos partidos moderados, nas universidades, e na comunicação social.
Aproveitam-se das funções para divulgar a ideologia, dissimuladamente sob a forma de artigos noticiosos. No semanário Expresso, que está cheio de infiltrados esquerdopatas, como dizem os brasileiros , um jornalista (?) de nome Luis Pedro Cabral escreve um artigo ridiculammente denominado "Chamem a polícia".

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Os factos
Nesse artigo é divulgado que Portugal é o quinto país mais policiado da Europa Comunitária,  contando PJ, GNR, PSP, Polícia Marítima e SEF, com 452 polícias por 100.000 habitante. E ainda faltam os polícias municipais. O articulista reconhece que "mesmo em países fortemente flagelados por ações terroristas" o número de polícias é muito menor. E os países com índice mais baixo do número de polícias são a Suécia, com 190, Dinamarca, com 180 e a Finlândia, com 155 e Hungria com 90. Números incrivelmente mais baixos que Portugal dizemos nós.
A Finlândia tem pouco mais de um terço dos polícias portugueses e a Hungria apenas um quinto.
Serão estes países mais inseguros do que Portugal, pelo facto de terem menos polícias? Não. É certo que Portugal surge como o 4.º país mais seguro do mundo, entre 163 países listados.  A Dinamarca em 5.º, a Suécia em 14.º, a Finlândia em 15.º e a Hungria em 17.º estão atrás de Portugal, por alguns pontos centesimais.
Os crimes violentos graves atingiram, em Portugal os valores mais baixos da última década, diminuindo 37 % entre 2008 e 2017.
As consequências de ter muitos polícias
Portugal está à frente de países, com menor número de polícias, no índice global de segurança, não porque tenha menos crimes do que eles, mas porque tem mais polícias. O "police rate" é um indicador tomado em consideração para a elaboração do ranking.
Ou seja a extraordinária abundância de polícias em Portugal melhora a posição no ranking mas não faz diminuir o número de crimes comparativamente com esses países. Pela comparação com outros países bastaria menos de metade dos polícias existente em Portugal para manter o mesmo nível de segurança.
O jornalista oculta esta análise, porque não é esse o seu interesse ideológico.
A doutrinação ideológica
O "jornalista" usou estes factos, para expor a sua visão esquerdista.
Repare então nos preconceitos ideológicos do "jornalista"
supremacismo: "os polícias portugueses têm mais qualidade e dedicação ao trabalho policial que os polícias estrangeiros";
sindicalismo: "o trabalho dos polícias é de alto risco e baixa remuneração";
igualdade do género: "há poucas mulheres na polícia";
manipulação: "os jogadores do Sporting não acham que Portugal seja um país seguro; houve um jovem esfaqueado à porta dum estabelecimento de diversão noturna; um empresário da Vila da Feira foi assaltado em sua casa com uma arma apontada à cabeça; a Dona Júlia, vizinha da porta do lado do jornalista abriu a porta a um indivíduo bem parecido que a roubou; há zonas nas cidades em que a polícia não arrisca entrar".
populismo: "às vitimas só lhes interessa não ser vítimas ... aí está o Correio da Manhã para o provar";
totalitarismo : "as estatísticas são de pouco consolo quando não estão a zero";
comunismo: "nenhuma sociedade atingiu os valores da utopia".

P.S. O país com menos polícias da Europa é, surpreendentemente, a Hungria do "fascista" Vicktor Órban, com 90 polícias por 100.000 habitantes ou seja um quinto do número de polícias portugueses. O jornalista referiu este facto mas não emitiu uma única palavra sobre o assunto.

O custo da Democracia

12 Milhões de Euros serão as despesas da Assembleia Regional dos Açores, em 2020, aprovado pela própria AR, em 12/09/2019.